Mauro Cid é alvo de mandados de busca e apreensão em ação da PF
A medida foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Mauro Cid prestará depoimento ainda hoje (13)
A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta sexta-feira (13/6), mandados de busca e apreensão contra o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. A medida foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito das investigações do chamado “inquérito do golpe”.
Inicialmente, Moraes chegou a decretar a prisão de Cid, mas a ordem foi revogada pouco depois. O militar deve prestar depoimento ainda hoje, às 11h, na sede da PF. Ele também teve seus celulares apreendidos durante a operação.
As autoridades apuram se Cid teria tentado deixar o país irregularmente, por meio da obtenção de um aporte português. A suspeita é de que ele contava com o apoio do ex-ministro do Turismo Gilson Machado para viabilizar esse plano.
Gilson Machado, que também atuou no governo Bolsonaro, foi preso no Recife, alvo da mesma operação. De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a PF, há indícios de que ele teria intermediado um pedido de aporte português para Mauro Cid, com o objetivo de facilitar sua saída do Brasil e escapar de uma possível responsabilização judicial.
Cid, por sua vez, confirmou ao STF que solicitou cidadania portuguesa em janeiro de 2023, pouco após os atos golpistas de 8 de janeiro. No entanto, alegou desconhecer qualquer iniciativa de Gilson Machado em seu nome. Segundo a defesa, o pedido foi feito no dia 11 daquele mês, de forma regular.